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A revisão por erro de cálculo do INSS é uma das teses mais recorrentes em demandas previdenciárias. Advogados e peritos se deparam diariamente com situações em que o benefício foi concedido, mas os valores foram calculados de forma equivocada. Nesses casos, a correção do erro pode significar um aumento expressivo no valor da renda mensal inicial (RMI) ou a obtenção de atrasados relevantes. Este artigo detalha as principais formas de identificar esses erros e como corrigi-los adequadamente.

1. Base Legal

  • Lei 8.213/91, Art. 29 estabelece o cálculo da renda mensal inicial (RMI).
  • Decreto 3.048/99 Regulamento da Previdência Social, detalha critérios de cálculo.
  • Súmula 260 do STJ reconhece o direito de revisão por erro material.
  • Art. 103-A da Lei 8.213/91 define prazos decadenciais e de revisão.

2. Erros Mais Frequentes

  • Desconsideração de contribuições válidas registradas no CNIS.
  • Uso incorreto da média salarial (inclusão/exclusão de salários indevidos).
  • Aplicação incorreta do fator previdenciário.
  • Erro na atualização monetária de salários de contribuição.
  • Equívocos em benefícios por incapacidade (salário-de-benefício reduzido).

3. Fórmula de Cálculo da RMI

RMI = Média dos salários de contribuição × (Fator Previdenciário ou Coeficiente aplicável)

4. Exemplo Numérico

Caso: Maria, segurada do INSS, teve salários de contribuição entre 1994 e 2019. A autarquia desconsiderou parte das contribuições entre 2002 e 2005, o que reduziu a média.

Item Valor
Média apurada pelo INSS R$ 2.000,00
Média corrigida com contribuições de 2002-2005 R$ 2.400,00
Fator previdenciário 0,85
RMI correta R$ 2.040,00
RMI paga pelo INSS R$ 1.700,00
Diferença mensal R$ 340,00

Nesse caso, Maria teria direito não apenas à correção do valor da RMI, mas também ao pagamento dos atrasados.

5. Jurisprudência Atualizada

  • STJ, AgInt no REsp 1.829.664/PR assegura direito de revisão quando comprovado erro material no cálculo.
  • STF, ARE 734.242 reafirmou que o prazo decadencial não alcança revisões de erro material.
  • TRF4, AC 5006717-74.2021.4.04.7100 reconheceu inclusão de contribuições omitidas no CNIS para revisão de benefício.

6. Procedimento para Identificação e Correção

  1. Obter CNIS atualizado e compará-lo com a CTPS e guias de recolhimento.
  2. Refazer a média salarial com base nos salários de contribuição válidos.
  3. Aplicar corretamente o fator previdenciário ou coeficiente de cálculo do benefício.
  4. Atualizar monetariamente os salários até a DIB (Data de Início do Benefício).
  5. Calcular as diferenças mensais e os atrasados, incluindo correção e juros.

7. Erros Comuns na Prática

  • Confundir erro material (revisável a qualquer tempo) com erro de interpretação (sujeito à decadência).
  • Deixar de verificar vínculos não computados no CNIS.
  • Não atualizar salários de contribuição corretamente, aplicando índice inadequado.

Conclusão

A revisão por erro de cálculo é uma ferramenta estratégica tanto para advogados quanto para peritos. Identificar inconsistências na concessão de benefícios do INSS pode representar ganhos expressivos para o segurado e aumentar significativamente o êxito em ações previdenciárias. É uma área em que o conhecimento técnico profundo faz toda a diferença.

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